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René Girard, o homem que nos ajudou a pensar a violência e o sagrado

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Por: André | 06 Novembro 2015

René Girard morreu aos 91 anos e não cessou de se interrogar sobre o modo como a religião torna-se violenta ou é instrumentalizada em nome da violência.

A reportagem é de Henri Tincq e publicada por Slate, 05-11-2015. A tradução é de André Langer.

Falecido no dia 4 de novembro em Stanford (Estados Unidos), aos 91 anos, o filósofo e antropólogo francês René Girard, membro da Academia Francesa, é, sem dúvida, o pensador que melhor atualizou a relação entre a violência e o sagrado.

Foi durante a elaboração da sua tese sobre o “desejo mimético” que anima todo ser humano que René Girard foi levado a se interrogar sobre a violência. Com efeito, se o “desejo mimético” – de possuir tudo o que os outros têm – permite ao homem aperfeiçoar suas faculdades de aprendizagem, aumenta também sua própria violência e provoca a maioria dos conflitos de apropriação. A noção de “rivalidade mimética” permite esclarecer não somente a construção do desejo humano e a genealogia dos mitos, mas também a espiral do ressentimento e da raiva, em uma palavra, a violência do mundo.

Desta primeira tese decorre a segunda teoria de René Girard – que ele expõe em seu célebre trabalho sobre A violência e o sagrado (1972) –, a do “mecanismo vitimário”, que, segundo ele, está na origem de toda forma religiosa arcaica e extremista. No seu paroxismo, a violência sempre se fixa sobre uma “vítima arbitrária”, em torno da qual o grupo todo se une. A eliminação do “bode expiatório” torna-se, pois, um imperativo coletivo. Ela exorciza e aplaca a violência do grupo. A “vítima emissária” torna-se “sagrada”, isto é, portadora desse poder que pode desencadear tanto a crise como restaurar a paz.

René Girard descobre, dessa maneira, a gênese do “religioso arcaico”; do sacrifício ritual como repetição do evento original; do mito como relato desse evento; das proibições fixadas ao acesso de objetos que estão na origem das “rivalidades” que degeneraram nesta crise. Esta elaboração religiosa se faz ao longo da repetição de crises miméticas, cuja solução traz a paz apenas de maneira provisória. Para o antropólogo, a elaboração de ritos e proibições constitui uma espécie de “saber empírico” sobre a violência.

Como as religiões tornam-se extremistas

Essas duas teses entrelaçadas sobre a “rivalidade mimética” e o “mecanismo emissário” levaram René Girard – que sempre professou sua fé cristã, apesar das críticas de uma parte da comunidade científica – a se interrogar sobre a origem e o futuro das religiões, até suas formas extremistas de hoje. Para ele, na origem das religiões existe também uma “rivalidade mimética” em torno de um mesmo “capital simbólico”, fundado sobre três pilares, que são: o monoteísmo, a função profética e a Revelação.

Durante séculos, esse capital simbólico foi monopolizado pelo Antigo Testamento bíblico e pela mensagem de Jesus de Nazaré. Mas, no século VII surgiram o profeta Maomé e um terceiro ator – o Islã – que afirmam a incompletude dos ensinamentos dos profetas precedentes e que sua mensagem tinha sido alterada. Esta rivalidade engendrou violência entre os “povos do Livro” desde os primeiros tempos do Islã. A tal ponto que ainda hoje, dizemos que os monoteísmos são portadores de uma violência estrutural: eles deram origem a uma noção de “verdade” única, exclusiva de toda articulação concorrente.

René Girard vai interpretar os atentados do 11 de setembro como uma manifestação de  um “mimetismo” em escala planetária. Ele declara, em uma entrevista ao Le Monde, em novembro de 2001, que o terrorismo islâmico se explica pela vontade de “reunir e mobilizar todo um Terceiro Mundo de frustrados e vítimas em relações de rivalidade mimética com o Ocidente”. Para ele, os “inimigos” do Ocidente fazem dos Estados Unidos “o modelo mimético de suas aspirações, a ponto de ter que matá-lo”. Ele tem esta fórmula: “O terrorismo é provocado por um desejo exacerbado de convergência e de semelhança com o Ocidente. O Islã fornece o cimento que antes encontrávamos no marxismo. Sua relação mística com a morte torna-o ainda mais misterioso para nós”.

Dupla relação

As relações entre a violência e o sagrado acompanharam o filósofo até o final da sua vida. Devemos lembrar que o nome de Deus levado ao extremo para preencher frustrações sociais, políticas, identitárias ou para justificar um projeto totalitário é responsável por uma parte dos maiores crimes. A Torá, o Evangelho e o Corão serviram de pretexto para muitos ataques a judeus, cruzadas e Inquisições.

Dito de outra maneira, o sagrado suscita e engendra violência. Fundado ou não sobre uma transcendência divina, constitui um modo de representação do universo que escapa à compreensão do homem, exige sua submissão total, define prescrições e proibições. É o sagrado que, em última instância, confere ao homem sua identidade, leva-o a “sacrificar” sua própria vida ou a dos outros. Em todos os mitos religiosos, babilônios ou outros, as divindades do bem e da ordem sempre arrancam, numa luta violenta, do caos, do mal e da morte.

Mas se o sagrado produz violência, o processo funciona também no sentido inverso. A violência produz o sagrado. O homem utiliza ou mesmo constrói o sagrado para justificar, legitimar ou regular sua própria violência. As “guerras santas” não outra finalidade senão mobilizar os recursos do sagrado para uma pretensa nobre causa: Gott mit uns (Deus conosco), escreveram os soldados nazistas em seus cintos, quando a ideologia nazista era fundamentalmente ateia. Isso sempre existiu, em todas as civilizações e épocas. Os panteões das religiões monoteístas estão cheios de deuses da guerra.

Depois de René Girard, a questão é colocada da seguinte maneira: são as religiões que semeiam os germens da discórdia e da violência por meio das verdades transformadas em dogmatismos? Ou são os homens que recorrem a elas e constroem sua própria imagem de Deus, que tomam, a pretexto de tudo, inclusive o nome divino para justificar sua própria violência e fanatismo?


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